Tempo livre, boa situação financeira, liberdade de pensamento e de comportamento, fim de obrigações com o trabalho e com os filhos. Some-se a isso a experiência e temos a receita para uma vida feliz. Logo ali, aos 50 e poucos anos, quando muita gente acha que a graça já se foi. Para viver bem essa fase e torná-la prazerosa, é preciso apenas cuidado. E alguma boa dose de disposição. Exercícios físicos, alimentação balanceada e atividades que proporcionem prazer são fundamentais para assegurar um envelhecimento sadio e tranquilo
É hora de dar prioridade ao bemestar, de valorizar a saúde mental, física e emocional. “A qualidade de vida é a soma de todos esses fatores, mas, principalmente, a preservação do prazer em todos os seus aspectos. O prazer de ter um corpo saudável e a aceitação de seus limites, de interagir em sociedade, de satisfazer os desejos na medida do possível e de compartilhar e de aprender”, afirma a psicóloga Maria Valésia Vilela.
Já no campo afetivo, o carinho e o sexo não podem ser esquecidos. Com o passar do tempo, valores importantes na juventude, como virilidade, número de orgasmos e de relações sexuais não fazem mais tanta diferença. E sim a intimidade, a sensação de acolhimento, de respeito e amor por parte do parceiro.
“A vida sexual deve ser mantida, mesmo que não seja com a frequência de antes. O sexo ajuda a viver melhor emocionalmente e previne doenças. Em caso de doenças crônicas, aumenta a autoestima, pois a pessoa deixa de se sentir rejeitada e passa a se sentir protegida e amparada”, garante a psicóloga.
O medo e a insegurança assolam quem está entrando na terceira idade. A vitalidade já não é mais a mesma, o raciocínio fica um pouco mais lento, os movimentos tendem a ser mais cautelosos, a perda de amigos e familiares acontece com mais frequência. Esse fatores, lembram os especialistas, fazem parte da vida. E vive melhor quem, desde cedo, aprende a lidar com as perdas. A leveza e o bom humor são bons aliados.
“Saber usufruir de todos os momentos de lazer, buscar uma interação social e não deixar de praticar hobbies e interesses diversos são práticas que ajudam a manter a mente ativa e saudável. É importante que o indivíduo seja respeitado mesmo com todas as limitações inerentes à sua idade” diz Maria Valésia. Realizar tarefas simples, como artesanato, caminhadas leves, jardinagem e, até mesmo, viagens a lazer, também melhora a parte física e mental.